terça-feira, 26 de maio de 2009

O Brasão e seus significados


No Antigo Egito, as figuras heráldicas tinham significação simbólica. Como os guerreiros nos combates usavam armas de proteção que cobriam a face, era praticamente impossível distingui-los uns dos outros se não tivessem qualquer sinal externo que os identificasse. Em épocas posteriores tornou-se necessário representar armas comuns a vários grupos de combate, a fim de facilitar a sua reunião em torno de uma bandeira. Esses símbolos representavam o Chefe. A Heráldica surgiu e se consolidou na Idade Média.


Naquela época, ocorriam os torneios, que eram lutas individuais ou em conjunto, entre cavaleiros. Na corte, a tarefa de anunciar alguma coisa para o povo era dos arautos ou heraldos, que levavam as declarações de guerra e paz, além de cuidar de tudo aquilo que dizia respeito a brasões e títulos de nobreza, enfrentando os usurpadores de títulos e armoriais.


Os brasões têm definidas as suas cores próprias, desenhos e peças, que não podem ser modificadas ou alteradas. No tempo da cavalaria era uma forma de distinção entre os cavaleiros, a qual as famílias começaram a recebê-los por hierarquia, merecimento ou serviços prestados ao reino. Com o decorrer do tempo, tais escudos foram conservados como troféus de glória.



O Brasão é dividido em:

1. Chest (escudo): simbolizam as ambições, crenças e valores das pessoas que o usavam;

2. Elm (elmo): simboliza a cavalaria ou fidalgo que o ganhou por mérito, nesse caso, o elmo deve ser representado olhando para a direita, mas a viseira deve ser representada fechada (nobres até a terceira geração);

3. Mantle (manto ou plumas): meramente decorativo. No caso dos brasões mais antigos representa a capa dos cavaleiros. Pode-se também simbolizar as cores da família;

Top Banner (flâmula superior): contêm o nome que identifica a família;

Bottom Banner (flâmula inferior): contém o país ou lema da família.

Os símbolos representam:

4. O Leão força, grandeza, coragem, nobreza de condição. Também caracteriza domínio e proteção, condições que deve ter um superior sobre aqueles a quem domina;

5. O metal prata, quando presente nas armas dos soberanos, recebe o nome de lua. A prata está associada com a inocência e pureza, e aqueles que a tinham em seu brasão estavam obrigados a defender as donzelas e a amparar os órfãos;

6. O vermelho é conhecido também como goles ou gules, recebendo este nome nas armarias da nobreza geral. Quando presente nos escudos dos príncipes passa a ser chamado de marte, enquanto nos brasões dos nobres titulados é chamado de rubi. Este esmalte é associado com o valor e a intrepidez e obrigava os seus portadores a socorrer os injustiçados e oprimidos.


O Brasão dos reis espanhóis que carregavam o sobrenome "Leão" segue-se abaixo:






O brasão acima foi consolidado como símbolo do monarca, de sua família e, por conseqüência, de seu reino a partir dos reis Fernando II e Afonso IX. O leão é o animal que representa a força de um rei, a cor dourada é o ouro, o fundo branco é a prata (ouro e prata significam a riqueza associada aos reis) a cor vermelha é a cor do Império (era a distinção dos imperadores romanos e foi usado pela primeira vez por Afonso VII, el emperador).